Trump vai a Tribunal de Miami para ouvir acusações por documentos secretos

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O ex-presidente dos EUA Donald Trump. Foto: AFP

O ex-presidente americano Donald Trump se apresenta nesta terça-feira (13) no Tribunal Federal de Miami, na Florida, para ouvir as 37 acusações por qual foi indiciado por ter guardado documentos secretos do governo na própria mansão em Mar-a-Lago. Segundo o Departamento de Justiça, o republicano colocou em risco a integridade do país ao retirar informes confidenciais da Casa Branca.

Ele será apresentado a uma juíza, ficará sob custódia e será fichado, até ouvir as acusações que responderá e quais direitos que tem ao longo do processo. Concluída esta etapa, será o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a virar réu na Justiça Federal.

A previsão é que os trâmites sejam realizados no período da tarde, por volta das 16h (horário de Brasília). Nesta segunda-feira (12), o republicano aterrissou em Miami cercado por seguranças.

Em março, Trump se tornou réu na Justiça de Nova York por pagar para comprar o silêncio de uma atriz pornô que diz ter tido um caso com ele. Já no mês passado, o magnata foi condenado por estupro contra a escritora E. Jean Carrol, na década de 1990, e por difamação. Ele também é investigado por fraude fiscal na organização que mantém.

Na mais recente ação apresentada pelo Departamento de Justiça, são listadas 37 denúncias, sendo 31 por violar a lei de espionagem. Trump levou da sede do governo americano centenas de arquivos confidenciais com detalhes da defesa nacional, o arsenal nuclear e as vulnerabilidades dos Estados Unidos de ataque. Os papéis foram encontrados até em um banheiro da mansão do magnata.

São ainda três acusações por ocultar documentos de investigação federal, duas por mentir e uma por conspiração para obstruir a justiça.

Os crimes têm pena que variam de 10 a 20 anos de prisão para cada acusação.

Donald Trump alega ser inocente e diz ser vítima de uma perseguição política. Atualmente, o republicano lidera a disputa do partido para concorrer contra a reeleição de Joe Biden na próxima eleição.

Aliados próximos, no entanto, já reconhecem a gravidade das acusações atuais.

  • Com informações da Band