Dilma toma posse como presidente do banco dos Brics na China

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Foto: Divulgação

A ex-presidente da República Dilma Rousseff tomou posse como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como “banco dos Brics’, nesta quinta-feira (13), em Xangai, na China. Em viagem oficial ao país asiático, o líder brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhou a cerimônia.

Com sede em Xangai, o NBD foi criado pelos países integrantes do Brics, que são: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O objetivo do banco é de mobilizar recursos para infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros e para outras economias emergentes. Em 2021, o NBD iniciou a expansão de membros e admitiu Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos como seus novos países membros.

Dilma foi indicada por Lula para presidir o banco dos Brics e foi eleita em 24 de março. Mesmo antes da posse, a ex-presidente do Brasil já exercia a função no NBD. O mandato na instituição vai até julho de 2025.

Dilma Rousseff ressaltou que o Brics está comprometido com as prioridades que os governos apresentaram à instituição. “Assumir a presidência do NBD é, sem dúvida, uma grande oportunidade de fazer mais para os países do Brics, mas não somente para os seus membros, mas também para os países emergentes e em desenvolvimento”, declarou.

Em discurso, Dilma afirmou que o Brics vai desenvolver modelos de financiamento que serão capazes de alavancar recursos públicos e privados “para obter o máximo impacto”, captação de recursos no mercado mundial em diferentes moedas. Segundo ela, a instituição vai buscar financiar projetos com moedas locais, “privilegiando o mercado doméstico e diminuindo a exposição às variações cambiais”.

Outra prioridade, citada pela presidente do Brics, será promover inclusão e desigualdade, que são desafios centrais para os países membros do bloco. “O NBD apoia projetos que sejam críticos, portanto, para reduzir a desigualdade e melhorar o padrão de vida das imensas comunidades pobres e excluídas, garantindo o acesso à moradia, educação e a saúde”, pontuou.

No discurso, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento reforçou que o Brics não pode agir sozinho e precisa de parcerias não só com países membros, mas também com bancos nacionais de desenvolvimento e cita como exemplo o BNDS, bancos multilaterais e agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Como presidente do banco, vou envidar os maiores esforços para mobilizar os recursos necessários para que o NBD cumpra sua missão na escala e na forma esperada. Isso significa dar prioridade ao levantamento de fundos para o financiamento de projetos”, citou DIlma.

“Da minha parte, pretendo trabalhar ativamente para fazer do Banco dos Brics uma instituição que valorize, promova e desenvolva os talentos dos seus funcionários e apoie os países membros e os países em desenvolvimento. Juntos, podemos construir um futuro mais justo e mais próspero para as pessoas dos países a quem servimos”, finalizou.

Fonte: Band.com