O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresente um documento oficial que comprove o convite para a cerimônia de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para 20 de janeiro de 2025.
A solicitação de Moraes ocorreu após a defesa de Bolsonaro requerer a devolução de seu passaporte, retido desde fevereiro de 2024 por ordem do próprio ministro, para que o ex-presidente pudesse comparecer ao evento nos EUA.
No pedido inicial, os advogados de Bolsonaro anexaram uma mensagem de e-mail enviada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, na qual o comitê de posse de Trump indaga sobre a possibilidade de participação de Jair Bolsonaro na cerimônia.
Moraes, no entanto, considerou a documentação insuficiente e determinou a apresentação de um convite formal que comprove a necessidade da viagem.
A defesa de Bolsonaro afirmou que fornecerá a documentação exigida pelo ministro.
O passaporte de Bolsonaro foi retido no âmbito de investigações relacionadas a supostas tentativas de golpe em 2023.
Além disso, o ex-presidente está inelegível para cargos públicos no Brasil até 2030 e enfrenta acusações criminais, as quais ele nega.
A decisão de Moraes ocorre em meio a especulações sobre a participação de Bolsonaro na posse de Trump e seu possível retorno à política brasileira, especialmente após a vitória de Trump nas eleições norte-americanas de 2024.
A relação entre Bolsonaro e Trump sempre foi próxima, com ambos expressando admiração mútua e alinhamento em diversas políticas.
A expectativa agora recai sobre a apresentação do convite formal por parte da defesa de Bolsonaro e a subsequente decisão de Moraes quanto à liberação ou não do passaporte para a viagem aos Estados Unidos.
